De acordo com dados da Fehosp, a defasagem da tabela de procedimentos impõe um déficit de R$ 5 bilhões por ano às instituições. O descompasso entre os custos e os repasses do Ministério da Saúde é responsável por uma dívida total de cerca de R$ 12 bilhões.
Esse cenário de desvalorização contrasta com a importância dos filantrópicos, no atendimento à população. Somente no Estado de São Paulo, estas entidades respondem por 50,26% dos leitos públicos e realizam 50,78% das internações.
Além disso, 56% das instituições estão localizadas em cidades com até 30 mil habitantes, assumindo posição estratégica para a saúde desses municípios, sendo os únicos a oferecerem leitos em quase 1 mil municípios de menor porte.
A pauta de reivindicações do movimento é o reajuste de 100% para os procedimentos de média e baixa complexidade.
Mais números – Segundo dados da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas), 42 % dos transplantes realizados no Brasil, em 2011, foram feitos nas Santas Casas e Hospitais Beneficentes. As instituições do terceiro setor foram responsáveis por 79% dos transplantes de pâncreas, 54% dos transplantes de pulmão e 59% dos transplantes de rins.
Em 2010, a Santas Casas realizaram 85 milhões de procedimentos, isto representa 9% do total, consumindo 30% dos gastos. Os procedimentos mais complexos estavam inseridos neste montante.
Só no Estado de São Paulo, em 2010, foram dois milhões e quinhentas mil internações, sendo 50% realizado em Santas Casas e Hospitais Beneficentes. Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, em 212 só existe uma Santa Casas ou hospital beneficentes respondendo pelo atendimento de toda a população.
Tabela SUS
- O SUS paga por um atendimento de urgência, com observação de 24h e atenção especializada, R$ 12,47.
- Uma consulta médica com observação de 24h é paga por R$ 12,47 pelo SUS.
- Um eletrocardiograma custa, segundo o SUS, R$ 5,15.
- Por um exame de urina, tipo 1, o sistema paga R$ 3,70
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