Marília foi uma das cidades organizadoras do 2º Simpósio de Mastologia, Oncologia e Imaginologia Mamária, realizado nos dias 21 e 22, em Jaú. O encontro é iniciativa da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), Regional São Paulo e se consolida como um dos principais fóruns de discussão das novidades da área, no interior paulista.
O mastologista Carlos Alberto da Silva Giandon, membro do COM (Centro de Oncologia de Marília), instalado na Santa Casa de Misericórdia, participou da coordenação do evento. A cidade foi representada por quatro médicos, entre mais de cem profissionais de várias regiões de São Paulo e outros Estados.
Além da atualização sobre o tema, os médicos de Marília aproveitaram a experiência para iniciar as preparações da edição 2014 do simpósio, que será realizado na cidade. Giandon explica que o encontro anual é itinerante, entre as quatro cidades (Marília, Jaú, Bauru e Botucatu) que dispõe de avançados centros especializados.
Para o mastologista, além de atuar no dia a dia, junto aos pacientes, o profissional deve buscar o envolvimento com a comunidade científica. Ele destaca que os congressos, simpósios e encontros são fundamentais para atualização, capacitação e ampliação do conhecimento.
Giandon coordenou uma mesa redonda que discutiu “os riscos de câncer de mama, no uso de métodos contraceptivos orais” e “terapia de reposição hormonal”. O simpósio contou ainda com a apresentação de novas drogas, pesquisas e dados sobre a incidência do câncer de mama.
Segundo o médico, é preocupante o avanço da doença em número de novos casos, apesar dos avanços na terapia, por isso a importância de um esforço que promova conhecimento e capacitação dos profissionais de saúde.
NÚMEROS – O Estado de São Paulo é destaque absoluto no tratamento e incidência do câncer de mama. De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), no ano passado o país somou entre 50 mil e 52 mil novos casos da doença. Desse total, cerca de 29.300 foram em diagnosticados ou tratados em território paulista.
Nos últimos cinco anos, o número de mortes tem se mantido estável, segundo o médico. Em 2012 estima-se que entre mil e 1,2 mil mulheres morreram, vítimas do câncer de mama, no Estado de São Paulo.
CIDADE PRIVILEGIADA - Apesar do déficit do SUS (Sistema Único de Saúde), que gera fila para exames de mamografia, graças a parceria entre a Santa Casa de Marília, Instituto Avon e Secretaria Municipal de Saúde, Marília é a única cidade do Estado de São Paulo que conta com um ambulatório secundário, especializado na prevenção do câncer de mama.
O serviço funciona na UBS (Unidade Básica de Saúde) alto Cafezal e foi estruturado a partir de um projeto apresentado pela Santa Casa, que obteve aporte financeiro de R$ 200 mil, junto ao Instituto Avon, para o custeio das instalações e equipamentos.
O hospital foi o responsável, até 2011, pelas ações da campanha Outubro Rosa na cidade, por meio do mastologista Carlos Giandon e do enfermeiro Márcio Mielo, coordenador de gestão Institucional.
Voluntários e profissionais especializados de entidades como a Rede Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, ACC (Associação de Combate ao Câncer), entre outras, garantiram várias conquistas, viabilizadas junto ao Instituto Avon.
AMIGOS DO COM - A cidade também conta com a iniciativa dos voluntários Amigos do COM. O grupo surgiu na Santa Casa de Marília, com o objetivo de apoiar pacientes, ex-pacientes e familiares, em várias etapas do tratamento. Quem já passou pelas terapias (rádio, quimio e cirurgia) conta sua experiência e compartilha histórias de luta e superação. Os encontros são quinzenais, sempre com a presença de um médico, e reúnem, em média, 30 voluntários, na Santa Casa de Marília.
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