Kátia Ferraz Santana, superintendente do hospital, representou provedor Milton Tédde (conselheiro da CMB), em reunião para reivindicar melhorias ao setor
A Santa Casa de Misericórdia de Marília foi representada, nesta terça-feira (07), em um encontro do setor filantrópico com o governo federal, em Brasília. O ministro Ricardo Barros e a equipe técnica do Ministério da Saúde receberam dirigentes da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), representantes das 25 maiores entidades filantrópicas e membros do Conselho Consultivo da entidade federal.
A superintendente da instituição mariliense, Kátia Ferraz Santana, representou o provedor Milton Tédde, que ocupa uma cadeira no conselho fiscal da Confederação. Ela foi acompanhada da coordenadora de captação de recursos do hospital, Márcia Freitas.
Kátia declarou apoio à pauta da CMB e destacou uma demanda específica de Marília. “Há um pedido já em trâmite para o aumento do teto do Sistema Único de Saúde para a Santa Casa de Marília. Além disso, também é do interesse da população atendida pela rede pública que seja ampliado o financiamento aos filantrópicos”, disse.
Durante a audiência, o ministro da Saúde se comprometeu a apoiar as Santas Casas e hospitais sem fins lucrativos no que “estiver ao alcance do Ministério”, estabelecendo boa convivência entre o governo e as instituições. Ele declarou ainda que há uma grande preocupação em encontrar um caminho para solucionar os problemas do segmento.
Barros reconheceu que as Santas Casas e filantrópicos são parte importante do sistema de saúde, especialmente em relação à equação financiamento x resultado. “Sabemos que as Santas Casas têm um custo menor do que os hospitais públicos e é um modelo que deve ser reforçado. Mas, precisamos encontrar uma solução para o financiamento. É evidente que, especialmente nesse momento de crise, não há perspectiva de novos recursos, mas estou empenhado que o governo garanta o que está previsto no orçamento da União para a Saúde”, afirmou.
Edson Rogatti, presidente da CMB e Fehosp (federação paulista), explicou as dificuldades com o endividamento, a necessidade de financiamento e as linhas de crédito oferecidas pelos bancos de fomento, como BNDES e Caixa Econômica Federal. Ele pediu o apoio ao PL 744/2015, que cria o Programa Pró-Santas Casas.
Rogatti disse que a expectativa é que os grupos de trabalho entre a CMB e o Ministério da Saúde sejam recriados e reforçados, para buscarem soluções que sejam boas para ambos.
O representante da Santa Casa de Porto Alegre, Julio Dornelles de Matos, apresentou os números da dívida dos filantrópicos, que já ultrapassam os R$ 21 bilhões, e reforçou que os hospitais têm arcado com os déficits do subfinanciamento do SUS e que, com o recurso que é oferecido, é difícil, inclusive, manter o corpo clínico qualificado.
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