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Ampliação de serviços de saúde pedem novo uso para prédio do Educandário

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Santa Casa encerra contrato com Congregação, reconhece trabalho assistencial realizado, mas lança projeto para adaptar espaço às novas necessidades na área da saúde; município garante continuidade de serviços assistenciais às crianças

A Santa Casa de Misericórdia de Marília reuniu a imprensa, na tarde desta quinta-feira, para expor à comunidade o plano de reestruturação do espaço onde funciona o Educandário Bento de Abreu Sampaio Vidal, patrimônio do complexo de saúde. Durante a entrevista coletiva, diretores do hospital e o secretário municipal de Assistência Social, Hélio Benetti, anunciaram as providências, após a decisão de encerrar as atividades, no modelo atual.

Benetti esclareceu que o município irá garantir atendimento às 136 crianças atualmente matriculadas, no contraturno das escolas regulares. As crianças serão atendidas nas unidades da Casa do Pequeno Cidadão e comunidades Eurípedes Barsanulfo (zona sul) e São Judas Tadeu (zona norte).

“Hoje, as crianças estão longe de suas casas e são trazidas ao Educandário de ônibus. Dentro do que é preconizado pelas novas diretrizes da assistência social, temos que trabalhar o fortalecimento dos vínculos com as famílias e as comunidades. Até por exigências legais, com a evolução da legislação, passaram a existir inadequações diversas, incluindo a própria estrutura física do local. Desde que assumimos a secretaria, já vínhamos conversando com a Santa Casa, no sentido de uma reestruturação desse atendimento”, destacou Benetti.

Segundo o secretário, o ano letivo vigente será concluído sem nenhum transtorno às crianças e para 2014 já estão reservadas 17 vagas no Seama (Serviço de Atendimento ao Menor e ao Adolescente), 65 vagas na zona sul (unidade 3 e 7 da Casa do Pequeno Cidadão) e 36 na zona norte, na unidade 5. 

A estrutura municipal para o atendimento a crianças e adolescentes, de acordo com Benetti, pode oferecer até 1.300 vagas. Atualmente, a rede assistencial conta com 1.000 atendidos, o que permitirá a incorporação sem nenhuma sobrecarga à rede. “Hoje já atendemos com refeições, temos funcionários (cerca de dez) no Educandário e custeamos os ônibus. Na realidade, o que vai acontecer é uma adaptação desse atendimento”, destacou.

A superintendente da Santa Casa de Marília, Kátia Ferraz Santana, esclareceu que a descontinuidade do contrato com a Congregação São Vicente de Paula já vinha sendo tratada com a direção local e o comando da entidade, a fim de promover uma transição tranquila.  Ela destacou ainda o respeito e reconhecimento ao trabalho prestado pela ordem, e reiterou que o hospital está à disposição tanto dos religiosos, como da Associação Amigos do Educandário, para cooperação, caso haja demanda e projeto a ser desenvolvido.

Em relação ao futuro do espaço, a gestora informou que a Santa Casa dará início, nos primeiros meses de 2014, às obras de revitalização do prédio. O local receberá, inicialmente, os ambulatórios de tabagismo e de fisioterapia, dois serviços com demanda crescente prestados pelo complexo hospitalar por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).
 
Também terão início, no terreno anexo, as obras da casa que irá abrigar o Gacch (Grupo de Apoio a Criança e Adolescente com Câncer e Hemopatias). Os recursos foram arrecadados durante duas edições da campanha McDia Feliz, que previa inicialmente a compra de um terreno, porém a proposta foi adaptada e o dinheiro será utilizado na construção, mediante aval do Instituto Ronald McDonald.

Até o final de 2014, o terreno voltado para a rua 21 de Abril também receberá a unidade de radioterapia, o primeiro serviço do Centro Integrado de Oncologia da Santa Casa de Marília. A entrega do prédio, juntamente com a casa de apoio, irá marcar as comemorações dos 85 anos do complexo de saúde e uma importante conquista do interior paulista no combate ao câncer.

“Nosso objetivo é a utilização dos espaços da melhor forma possível, evoluindo sempre, baseados no exemplo do nosso fundador, Bento de Abreu Sampaio Vidal, que foi um visionário. A Santa Casa faz essa reestruturação porque é dinâmica. Somos estimulados a detectar as novas demandas da sociedade e atendê-las com humanização e profissionalismo”, disse a superintendente.


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